OBJETIVO: Verificar o perfil epidemiológico e clínico de pacientes com sequelas de queimaduras, e determinar quais as condutas foram mais utilizadas no tratamento fisioterapêutico.
MÉTODO: Estudo transversal, retrospectivo, observacional por meio da análise de prontuários.
RESULTADOS: Dentre os 2401 prontuários analisados de pacientes que receberam alta no período de 2006 a 2013, 146 (6,08%) continham o diagnóstico clínico de queimaduras. Este total de pacientes foi separado por idade: crianças e adolescentes, adultos e idosos. O perfil epidemiológico de crianças e adolescentes, com idade média de 6,89±6,5 anos, revelou que o sexo masculino (57,1%) de etnia negra (51,02%) apresentava maior prevalência. Já a amostra de adultos e idosos apontou maior prevalência para sexo feminino (56,7%) de etnia branca (48,45%). No perfil clínico e de atendimento fisioterapêutico de crianças e adolescentes, o agente etiológico inflamável foi o mais frequente (49%), membros superiores foram as regioes mais acometidas (91,7%), sendo o objetivo de melhorar a cicatrizaçao (89,79%) e a cinesioterapia (87,75%) as condutas mais utilizadas. Para adultos e idosos, a queimadura por atrito foi mais prevalente (33%), membros inferiores foram as regioes mais acometidas (43,6%); quanto ao objetivo, melhorar a força muscular, amplitude de movimento e flexibilidade (86,59%) foi o mais frequente; e a cinesioterapia (86,6%), a conduta mais adotada.
CONCLUSAO: Os achados epidemiológicos aqui encontrados sugerem o perfil do paciente queimado em atendimento fisioterapêutico em Goiânia, fornecendo subsídios para uma intervençao fisioterapêutica mais direcionada às necessidades desta populaçao.
Palavras-chave: Queimaduras. Fisioterapia (Técnicas). Epidemiologia.