Resumo
INTRODUÇÃO: As queimaduras representam um desafio significativo para a saúde pública e para os cuidados médicos, devido ao risco de complicações e à necessidade de um tratamento adequado.
OBJETIVO: Avaliar histopatologicamente as feridas de segundo grau por escaldo em ratos, após diferentes tratamentos à base de prata.
MÉTODO: Foram utilizados 45 ratos Wistar, divididos em grupos tratados com soro fisiológico, sulfadiazina de prata, carboximetilcelulose com prata (Aquacel®), espuma de polietileno associada à prata (Mepilex®) e prata nanocristalina (Actcoat®). A área queimada foi enviada para análise histopatológica, sendo avaliados: epitelização; extensão da área cicatrizada; infiltrado inflamatório crônico; neoformação vascular; proliferação fibroblástica, fibras elásticas e colágeno jovem. Foi atribuída uma nota conforme maior intensidade na lâmina histológica.
RESULTADOS: A análise estatística mostrou significância para neoformação vascular (p<0,043), infiltrado inflamatório (p<0.004) e fibras elásticas (p<0,001). A presença de infiltrado inflamatório foi maior nos tratados com sulfadiazina de prata e com Actcoat® do que nos tratados com Mepilex® (p=0,035 e p=0,019, respectivamente). As fibras elásticas foram maiores nos grupos Actcoat® e sulfadiazina de prata com relação ao controle (p<0,001 e p=0,047) e maiores no grupo Actcoat® do que no grupo Aquacel® (p=0,005). As feridas apresentaram-se epitelizadas entre o 9º e 12º dia. Grupo controle exibiu menor resposta inflamatória, menor presença de neoformação vascular e a presença de fibras elásticas.
CONCLUSÕES: A presença de fibras elásticas foi maior quando a prata esteve presente, já o tratamento com curativo a base de soro fisiológico não foi agressivo ao tecido lesado.
Palavras-chave: Queimaduras. Bandagens. Prata.