Resumo
OBJETIVO: Calcular a prevalência de hospitalizações por queimaduras em um hospital referência no Rio de Janeiro.
MÉTODO: Trata-se de estudo transversal, no qual foram coletadas e analisadas variáveis clínicas e sociodemográficas de pacientes adultos e pediátricos hospitalizados. Para a coleta de dados dos prontuários, foi utilizado um instrumento desenvolvido com base na literatura existente. A análise comparativa entre as médias foi realizada utilizando o teste T de Student, considerando um nível de significância de 95%, por meio do software SPSS.
RESULTADOS: Houve aumento na prevalência de hospitalizações por queimaduras durante o período pandêmico em comparação aos anos anteriores (1,63% vs. 1,99%). Esse aumento também foi observado na média mensal de hospitalizações, com 5,83 pacientes/mês em 2018-2019 e 13,81 pacientes/mês em 2020-2021 (p<0,001). O período médio de internação das vítimas de queimaduras foi de 23,9 dias, com um total de 16 óbitos (6,69%). O sexo masculino foi o mais predominante (59,41%), enquanto a população pediátrica foi a mais afetada (42,67%). O agente causador mais prevalente foi de origem térmica (39,33%), seguido por líquidos inflamáveis (15,48%), resultando principalmente em queimaduras de 2º grau (56%) localizadas nos membros superiores (31%).
CONCLUSÕES: Houve aumento significativo na prevalência de hospitalizações por queimaduras, com destaque para as queimaduras de segundo grau, causadas principalmente por escaldaduras e líquidos inflamáveis.
Palavras-chave: Queimaduras. Prevalência. COVID-19. Epidemiologia Clínica.