Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar as variaçoes das pressoes do
cuff dos tubos orotraqueais em paciente grande queimado nas primeiras 72 horas pós-trauma.
Método: Foi realizado estudo descritivo e prospectivo com amostra composta por cinco pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva da Unidade de Queimaduras do Hospital Estadual Bauru. As pressoes do
cuff, mensuradas em centímetros de água (cmH
2O), foram avaliadas no período de 8 a 72 horas após o trauma térmico. Tais pressoes, quando se apresentaram superior ou inferior ao valor recomendado, foram ajustadas para 25 cmH
2O.
Resultados: A média das pressoes
intracuff encontradas nas primeiras 24 horas foi 40,53 ± 11,8 cmH
2O; nas 48 horas, 21,86 ± 3,92 cmH
2O e nas 72 horas, 19,86 ± 1,38 cmH
2O. Notou-se aumento expressivo da pressao do
cuff em 1 (20%) paciente que, nas primeiras 8 horas apresentou uma pressao de 90 cmH
2O, nas 16 horas, 40 cmH
2O e nas 24 horas seguintes, pressao de 42 cmH
2O.
Conclusoes: Conclui-se que as pressoes do
cuff, no período em que foram analisadas, alteraram significativamente, expondo o paciente a riscos causados por pressoes inadequadas, sugerindo que há uma relaçao entre a reposiçao hidroeletrolítica (cálculo de Parkland) e o aumento da pressao do
cuff ocasionado pelo edema. Sugere-se que outros estudos sejam realizados com maior número de pacientes como forma de levantar e divulgar as repercussoes das alteraçoes das pressoes do
cuff em pacientes grandes queimados.
Palavras-chave: Queimaduras. Respiração Artificial. Intubação Intratraqueal.