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Artigo Original

Saberes e condutas populares para cuidar de crianças com lesões por queimaduras

Popular knowledge and conducts to care for children with burn injuries

Mateus Claudio Zinhani1; Luiz Fernando Rodrigues Junior2; Marcia Pestana Santos3; Dirce Stein Backes4; Francisca Georgina Macedo de Sousa5

DOI: 10.5935/2595-170X.20250006

RESUMO

OBJETIVO: Analisar saberes e instrumentalizar cuidadores sobre as melhores condutas na ocorrência de lesões por queimaduras em crianças.
MÉTODO: Pesquisa-ação, desenvolvida entre fevereiro e março de 2023, cujo percurso teve como objetivo investigar saberes, por meio de questionário de respostas abertas e fechadas, e instrumentalizar cuidadores sobre as melhores condutas na ocorrência de lesões por queimaduras em crianças.
RESULTADOS: Criou-se, com base na análise dos dados investigados em diferentes grupos de WhatsApp, infográficos informativos de simples, rápido e amplo alcance sobre as principais condutas a serem tomadas, pelos cuidadores, na ocorrência de lesões por queimaduras em crianças.
CONCLUSÕES: O processo investigativo denotou que mais da metade dos informantes respondeu afirmativamente à presença de lesões por queimaduras em crianças. Esse resultado demonstra, por si só, a relevância deste estudo e a importância da indução de políticas públicas prospectivas que abranjam as diferentes idades e classes sociais.

Palavras-chave: Acidentes. Queimaduras. Assistência Integral à Saúde. Saúde da Criança.

ABSTRACT

OBJECTIVE: To analyze knowledge and equip caregivers with the best practices in the event of burn injuries in children.
METHODS: Action-research, carried out between February and March 2023, whose course aimed to investigate knowledge, through a questionnaire with open and closed answers, and to provide caregivers with tools on the best conducts in the occurrence of burn injuries in children.
RESULTS: Based on the analysis of the data investigated in different WhatsApp groups, simple, quick and wide-ranging informative infographics were created on the main actions to be taken by caregivers in the event of burn injuries in children.
CONCLUSIONS: The investigative process denoted that more than half of the informants responded affirmatively to the presence of burn injuries in their children. This result demonstrates, by itself, the relevance of this study and the importance of inducing prospective public policies that cover different ages and social classes.

Keywords: Accidents. Burns. Comprehensive Health Care. Child Health.

INTRODUÇÃO


Segundo dados do Ministério da Saúde1, os acidentes ou lesões não intencionais são as causas de internação em mais de 111 mil crianças no Brasil e, destas, 3,6 mil vão a óbito anualmente. A Sociedade Brasileira de Queimaduras2 considera que existe uma epidemia de acidentes e que estes representam a principal causa de morte de crianças na faixa etária de 1 a 14 anos de idade.


Entre os acidentes da infância, as queimaduras prevalecem sobre os demais, são comuns em todo o mundo e caracterizadas como problema de saúde com grande impacto multidimensional, devido à gravidade do quadro, pelo potencial de mortalidade e das consequências físicas, financeiras e psicológicas à criança, à família e aos serviços de saúde3. Para os autores, as queimaduras em crianças repercutem na qualidade do sono, na ansiedade, além dos dados causados pelas interrupções das atividades da vida de crianças e de seus pais em consequência do longo período de hospitalização para tratamento.


Nesse contexto, a dor aguda, os múltiplos procedimentos e as alterações físicas vivenciadas por crianças podem inferir em abalo psicológico significativo, além de comprometimento neurológico, impactos familiares4 e comprometimento do desenvolvimento infantil saudável4-6. Entretanto, as queimaduras podem não ser somente acidentais, pois podem ser provocadas e definidas como uma das principais causas de mortes relacionadas com o abuso em crianças5.


Estudo6 realizado em um período de seis anos identificou 219 hospitalizações de crianças menores de 12 anos tendo como causa as queimaduras e, destas, 74 (52,1%) tinham entre 0 e 3 anos, sendo que mais da metade sofreu este agravo nos primeiros três anos de idade e em ambiente domiciliar. Dos casos, as queimaduras de 3º grau foram mais frequentes, afetando dois ou mais segmentos do corpo, sendo a escaldadura a causa mais comum entre as meninas (80,5%), e 54,9% entre os meninos6. Em outra pesquisa7, o álcool foi o agente térmico prevalente em queimaduras pediátricas e as lesões ocorreram com maior frequência no verão, comprometendo o tronco, a cabeça e os membros superiores.


Relativamente ao fato de que a maior frequência de acidentes em crianças ocorre na fase pré-escolar, pode haver uma associação com as características do intenso desenvolvimento neuropsicomotor desta fase, caracterizado pela curiosidade para explorar o ambiente em que vivem, aliadas à falta de maturidade para prever e evitar situações de risco, se não supervisionada por um adulto8.


Considerando que as queimaduras ocorrem com mais frequência no ambiente domiciliar e envolvem crianças na primeira infância questiona-se: Qual o saber popular sobre as condutas adotadas na ocorrência de lesões por queimaduras em crianças? Objetiva-se, para tanto, analisar os saberes populares e instrumentalizar o cuidado à criança vítima de queimaduras no contexto domiciliar.


MÉTODO


Este estudo integra um projeto de pesquisa-ação ampliado, que visa investigar e possibilitar novos saberes e intervenções na área da saúde materno-infantil. A pesquisa-ação é um método qualitativo que permite a implementação, em um dado contexto, de um produto ou serviço, ferramenta e o acompanhamento em tempo real da proposta implementada e considera o empirismo e as informações oriundas do campo prático no intuito de promover melhorias e avanços9. Na redação do relatório do estudo seguiram-se as orientações constantes no instrumento Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research - COREQ10.


Participaram do percurso investigativo 203 cuidadores de crianças, sem a delimitação de sexo, profissão e localização geográfica no Brasil. Foram inseridos a partir do método bola de neve como "uma forma de amostra não probabilística, que utiliza cadeias de referência"11 útil para estudar determinados grupos. Segundo recomendações do autor, o ponto de partida é identificar informantes-chaves, nomeados como sementes, e estes localizam e/ou recomendam pessoas com o perfil necessário para a pesquisa.


Desse modo, foram participantes sementes da pesquisa pessoas vinculadas à rede social dos pesquisadores e que possuíssem na estrutura familiar crianças na faixa etária de zero a 10 anos de idade. Não foi definido preliminarmente número de participantes.


Para a coleta de dados, foi utilizado um formulário estruturado com seis questões entre abertas e fechadas que abordavam condutas realizadas por cuidadores em contexto domiciliar diante de casos de queimaduras em crianças. O referido instrumento de coleta de dados foi criado na plataforma Google Forms e disponibilizado aos participantes por meio de link automaticamente gerado na plataforma.


Este link foi encaminhado aos participantes da pesquisa por meio do WhatsApp pessoal de cada um deles. As perguntas foram precedidas de um texto introdutório no qual foram apresentados os objetivos do estudo, as condições de participação (ser cuidador de criança até 12 anos de idade - pai, mãe ou responsável) e lembretes sobre o prazo de entrega do questionário (30 dias). Ponderou-se, ainda, que os cuidadores participantes deveriam ser maiores de 18 anos de idade.


Como procedimentos para condução da pesquisa e com apoio do suporte metodológico da pesquisa-ação que compreende um processo interativo e circular entre a coleta de informações, a discussão de demandas e as intervenções no contexto prático, em vista das melhorias e avanços desejados. Assim, de posse dos resultados levantados por meio do formulário on-line, os pesquisadores analisaram e discutiram as melhores possibilidades de intervenção.


Em função do número de participantes (203 retornos de questionários), optou-se pela construção de infográficos informativos a partir dos seguintes critérios: delimitação do objetivo do infográfico com base nos dados investigados; levantamento de evidências sobre as melhores condutas no tratamento de lesões por queimaduras em crianças; sumarização gráfica das melhores evidências; concepção do layout dos infográficos; visualização e aprovação dos infográficos pelos pesquisadores.


Concluído este processo, os infográficos foram encaminhados aos participantes da pesquisa como recurso para esclarecer dúvidas sobre o manejo domiciliar de queimaduras. Todo esse processo é apresentado na Figura 1.


 



 


Em todas as etapas da pesquisa foram observadas as recomendações da Resolução n°. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, bem como as recomendações do Ofício Curricular nº. 2 de 2021 relativo às pesquisas em formato on-line. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética sob o parecer 5.615.578 e o anonimato dos participantes foi preservado em todo o percurso.


RESULTADOS


Os resultados da pesquisa serão inicialmente apresentados quantitativamente, seguidos pela descrição e pelos infográficos como produto educativo e de suporte para o cuidado de queimaduras em ambiente domiciliar (Quadro 1).


 



 


Ao serem questionados sobre a ocorrência de ferimento por queimadura, 53,2% dos informantes responderam afirmativamente, ou seja, a criança já havia tido esse tipo de acidente no domicílio, corroborando com as evidências científicas atuais.


Quando questionados sobre a melhor conduta na ocorrência de queimaduras, mais de 94,1% dos informantes referiram que resfriariam o local com água corrente. Outras condutas adotadas foram resfriar o local com gelo, cobrir com um pano e solicitar ajuda. Em relação à melhor conduta associada ao curativo na ocorrência de lesões por queimaduras em crianças, 60,6% responderam que utilizaram soro fisiológico ao invés de água corrente. Dos participantes, 24,6% referiram que o uso de álcool se sobrepõe à lavagem das mãos e 8,4% responderam que as queimaduras devem ser mantidas abertas, isto é, desprotegidas e sem produtos para cicatrização mais rápida.


Quanto ao uso de produtos no local da queimadura, 61,1% dos participantes responderam que não haviam utilizado nenhum produto químico. Entretanto, 37,4% utilizou algum produto químico ou de origem animal ou vegetal como tratamento primário da lesão por queimadura (Gráfico 1).


 



 


A sulfadiazina foi o produto mais usado pelos participantes da pesquisa no manejo das lesões causadas por queimadura em ambiente domiciliar, seguido de pomadas para queimaduras, vinagre, vaselina, pomada para assadura, creme dental, babosa, clara de ovo e água fria. Denotou-se, com base nas condutas anteriormente mencionadas, a vigência importante de um pensar e agir empírico no que se refere às intervenções diante da ocorrência de queimaduras no domicílio, que, na maioria das vezes, são transmitidas de pais para filhos.


Ainda mais grave é o fato de que muitos dos produtos citados pelos participantes, além de não terem efeitos adjuvantes na cicatrização da lesão, podem agravar ainda mais a sua condição, seja levando sujidades ou favorecendo quadros de infecção local, como é o caso da casca de banana, farinha de trigo e outros produtos não estéreis.


Apesar dos avanços técnico-científicos na área, grande parcela da população desconhece as condutas adequadas de manejo das lesões causadas por queimaduras, bem como os produtos indicados no tratamento. Identificaram-se, ainda, importantes fragilidades associadas à sequência dos passos para a realização de curativos de queimaduras em ambientes domiciliares.


DISCUSSÃO


Em relação ao questionamento sobre se a criança já havia tido lesão por queimadura e o fato de 53,2% terem se posicionado afirmativamente, demonstra, por si só, a relevância deste estudo na indução de políticas públicas prospectivas. Dentre as crianças acometidas por queimaduras, evidências mostram que 2/3 de todos as pessoas queimadas são adolescentes e crianças, sendo 40% crianças de até 10 anos de idade12-14.


As queimaduras pediátricas se configuram, portanto, como importante problema de saúde pública mundial. Por isso, a Organização Mundial da Saúde15 institucionalizou o Registro Global de Queimaduras para ampliar a compreensão das lesões por queimaduras, identificar alvos de prevenção e referenciar as melhores condutas16.


Nesse contexto, as crianças representam importante parcela da população e, em muitos casos, sofrem lesões graves que requerem intervenções cirúrgicas e longos períodos de tratamento. Esse processo torna-se ainda mais complexo entre as populações socialmente vulneráveis. Além das condições domésticas precárias e propensas a acidentes de toda ordem, esse público apresenta dificuldades de acesso às informações, bem como recursos adequados para a prevenção e tratamento17.


Estudos internacionais demostram que os pacientes pediátricos queimados se constituem em população particularmente vulnerável e propensa a transtornos físicos, emocionais e sociais. Além de sintomas elevados de ansiedade, estresse traumático e taxas psicopatológicas elevadas a longo prazo, o público infantil está mais vulnerável às queimaduras18,19.


Outros estudos demonstram que as lesões por queimaduras em crianças não podem ser abarcadas como fenômeno pontual, linear e unidimensional. Tanto a prevenção quanto o tratamento das lesões dependem de recursos humanos e materiais, logística e processos que envolvem uma rede de apoio ampliada e multidimensional. Logo, cada caso/criança deve ser apreendida em sua unidade e multidimensionalidade5,19,20.


Além da alta prevalência de queimaduras em crianças, importante número de participantes desconhece as condutas de manejo adequadas, bem como os produtos indicados para o tratamento. Assim, além de investimentos técnico-científicos em âmbito de prevenção e promoção, devem ser prospectadas tecnologias na condução das melhores condutas em termos de tratamento clínico dos pacientes pediátricos.


Foram localizadas, no entanto, poucas publicações que consideram a multidimensionalidade de fatores e condutas no percurso avaliativo das lesões por queimaduras em crianças20. As condutas são, geralmente, pontuais e de alcance clínico. Sob esse enfoque, demanda-se estudos que avançam na indução de referenciais teóricos que sejam capazes de ampliar, contextualizar e interligar os diferentes aspectos que compõem a temática sob investigação.


Nessa investigação e apoiados na avaliação dos 203 questionários e a análise das principais fragilidades identificadas, os pesquisadores elaboraram infográficos orientadores e condutores das melhores condutas a serem tomadas na ocorrência de lesões por queimaduras em crianças.


Os infográficos foram desenvolvidos com base na análise das informações deliberadas no questionário e de modo a articular o conhecimento popular às melhores evidências científicas acerca da temática. Desta forma, os infográficos apresentam como escopo os primeiros cuidados com as lesões causadas por queimaduras, os tipos de queimaduras e a prática da aplicação de curativos sobre as lesões. Para maior abrangência da intervenção educativa, os infográficos foram encaminhados aos participantes da pesquisa, possibilitando espaço para o esclarecimento de dúvidas individuais dos mesmos ou em grupos coletivos de discussão com os pesquisadores (Figuras 2 a 4).


 



 


 



 


 



 


CONCLUSÕES


O processo investigativo revelou que mais da metade dos participantes respondeu afirmativamente à presença de lesões por queimaduras em crianças. Esse resultado demonstra, por si só, a relevância deste estudo e a importância da indução de políticas públicas prospectivas que abranjam as diferentes idades pediátricas e classes sociais.


O processo de análise dos dados e as intervenções associadas às lesões por queimaduras em crianças permitiu concluir que não existem receitas pré-definidas ou condutas pontuais e lineares, mas orientações claras e seguras que podem reduzir procedimentos invasivos e minimizar as alterações físicas e emocionais dos envolvidos.


Sob esse enfoque, as equipes de atendimento clínico responsáveis pelo pós-tratamento de pacientes pediátricos queimados devem envolver, além de tratamento tópico, condutas relacionadas ao apoio psicológico das crianças e suas famílias, com vistas à redução de danos e o alcance de melhorares resultados a curto e longo prazo.


REFERÊNCIAS


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Recebido em 19 de Fevereiro de 2025.
Aceito em 25 de Fevereiro de 2025.

Local de realização do trabalho: Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís, MA, Brasil.

Conflito de interesses: Os autores declaram não haver.


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