1291
Visualizações
Acesso aberto Revisado por pares
Artigo Original

Perfil epidemiológico dos pacientes queimados no Hospital de Urgências de Sergipe

Epidemiological profile of burned patients at the Emergency Hospital of Sergipe

Rafael Adailton dos Santos Junior1; Rebeca Lorena Melo Silva1; Gabriela Lins Lima1; Bruno Barreto Cintra2; Kênya de Souza Borges3

RESUMO

OBJETIVO: Traçar o perfil etiológico e epidemiológico frente ao diagnóstico de queimaduras em pacientes mantidos na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE).
MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa. Foram utilizados dados do sistema de registro de Cirurgia Plástica da UTQ do HUSE, referente a vítimas de queimaduras admitidas na unidade no período de janeiro de 2011 a junho de 2016, totalizando 1097 pacientes.
RESULTADOS: Foram incluídos no trabalho 952 pacientes, dos quais 63,02% eram do gênero masculino, 51,15% de pacientes entre 0 e 12 anos. A maioria das lesoes eram de 2º grau (79,41%), com 70,48% classificados como médios queimados, com a escaldadura representando 49,47% das causas e com um baixo índice de óbito no período analisado (2,31%).
CONCLUSOES: O perfil do paciente queimado no HUSE é aquele do gênero masculino, entre 0 e 12 anos, médio queimado, com prevalência de lesoes de 2º grau, sendo a escaldadura o principal agente causal.

Palavras-chave: Queimaduras. Epidemiologia. Unidades de Queimados.

ABSTRACT

OBJECTIVE: To describe the etiological and epidemiological profile of the diagnosis of burns in patients maintained at the Burn Treatment Unit (BTU) of the Emergency Hospital of Sergipe (HUSE).
METHOD: This is a retrospective, descriptive and cross-sectional study with a quantitative approach. Data from the Plastic Surgery Registry of BTU of the HUSE, referring to burn victims admitted to the unit from January 2011 to June 2016, were used, totaling 1097 patients.
RESULTS: 952 patients were included in the study, of which 63.02% were male, 51.15% were patients between 0 and 12 years of age. The majority of the lesions were of the second degree (79.41%), with 70.48% classified as burned mean, with scald representing 49.47% of the causes and with a low death rate in the analyzed period (2.31%).
CONCLUSIONS: The profile of the burned patient at HUSE is mostly male gender, between 0 and 12 years old, medium burned, with a prevalence of 2nd degree injuries, and with scald being the main causal agent.

Keywords: Burns. Epidemiology. Burn Units.

INTRODUÇAO

O conceito de queimadura é amplo, mas basicamente compreende uma lesao nos tecidos orgânicos causada por algum trauma gerado pela liberaçao de calor proveniente de fontes: térmica, elétrica, química e outras. Esse trauma pode apresentar-se com lesoes simples ou graves; isso dependerá de sua profundidade, extensao e localizaçao. Esses fatores determinarao as diversas classificaçoes das queimaduras1,2.

Quase 11 milhoes de pessoas sao acometidas por queimaduras no mundo, superando a incidência associada de HIV e tuberculose. Felizmente, a maioria dessas lesoes sao nao fatais, com 300.000 indo a óbito. Mundialmente, a morbimortalidade por queimaduras tem diminuído. Porém, 90% das mortes ocorrem em países de renda média e baixa, onde os programas de prevençao sao escassos. Além disso, quando ocorrem em países de alta renda, acometem classes socialmente marginalizadas3.

As queimaduras sao responsáveis por vitimar 2 milhoes de brasileiros a cada ano. O Sistema Unico de Saúde (SUS) destina, anualmente, cerca de R$ 55 milhoes para o tratamento destes pacientes4,5. Em análises no DATASUS da morbidade hospitalar por causas externas no SUS, no período de janeiro a junho de 2014, verificou-se que 6.782 pessoas sofreram lesoes por fonte de calor, substâncias quentes, exposiçao à fumaça, ao fogo ou às chamas em nosso país4,6.

Os principais fatores de riscos para estes acidentes sao constituídos por manejo de álcool, práticas culturais como festas com uso fogos de artifícios, fogueiras, além de fatores socioeconômicos desfavoráveis, violência e condiçoes clínicas, a exemplo de crises convulsivas4,7. Tendo em vista que a maioria das mortes por queimaduras ocorrem onde os programas de prevençao sao incomuns3 e ao termos conhecimento de quao alarmantes sao os números das vítimas, dos gastos públicos e de que a grande maioria dos acidentes sao evitáveis, podemos trabalhar e investir de maneira mais incisiva nas políticas de prevençao às queimaduras.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, as crianças respondem por quase 50% das vítimas de queimaduras e que em sua maioria se queimam em casa. Dentre os adultos, os homens sao maioria, e se queimam geralmente em ambiente de trabalho, enquanto as mulheres se queimam durante atividades domésticas. Nao obstante, os idosos também sao vitimados pelas queimaduras, geralmente em virtude da menor capacidade de reaçao e às limitaçoes físicas características da idade8.

Os maiores números das causas de queimaduras sao a chama direta, o contato com água fervente ou outros líquidos quentes e o contato com objetos aquecidos. Em menores números, estao as queimaduras elétricas e químicas9. A partir de análise mais ampla, pode-se notar, por exemplo, que as crianças sao vítimas de queimaduras por escaldadura em acidentes domésticos, o que configura o caráter de lesoes mais superficiais. Enquanto os adultos, por queimarem-se com mais frequência por chama direta em atividades laborais, sao portadores de lesoes mais profundas10.

Além da abordagem focada nos parâmetros epidemiológicos de rotina, tais como: profundidade e extensao da queimadura, áreas atingidas e sequelas, é preciso também identificar os principais fatores de risco envolvidos nos acidentes que culminam em queimaduras11. Por meio deste olhar diferenciado, políticas que objetivem prevenir e educar, possivelmente, tornar-se-ao mais efetivas. 

O propósito deste trabalho é descrever o perfil etiológico e epidemiológico de pacientes queimados mantidos sob cuidado multiprofissional na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), em Aracaju, SE.


MÉTODO

Foi realizado um estudo retrospectivo, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa. Utilizou-se dados fornecidos pelo sistema de registro de Cirurgia Plástica da UTQ do HUSE, referente a vítimas de queimaduras admitidas na unidade no período de janeiro de 2011 a junho de 2016, período de maior constância no preenchimento dos dados, totalizando 1097 pacientes.

Foram considerados excluídos os registros dos pacientes que tiveram como motivo de internaçao a realizaçao de cirurgia para correçao de sequelas e os registros com informaçoes incompletas das variáveis analisadas.

Os dados utilizados incluem: faixa etária, gênero, agente causador, grau da queimadura, classificaçao quanto à extensao da queimadura e índice de óbitos.

A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Sergipe e autorizada sob registro nº21829813000005546 e pelo Núcleo de Educaçao Permanente (NEP) do HUSE, bem como seguindo as normas da Resoluçao nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Os dados obtidos foram analisados por meio de estatística descritiva, utilizando-se o programa Microsoft Excel 2013 e os resultados foram apresentados em números absolutos e porcentagens.


RESULTADOS

Foram analisados os registros de 1097 pacientes, dos quais, após a aplicaçao dos critérios de exclusao, totalizou um "n" de 952 pacientes.

Com relaçao ao gênero, houve predominância do gênero masculino, com 600 pacientes (63,02%), enquanto que o feminino respondeu por 352 (36,98%) (Figura 1).


Figura 1 - Prevalência do número de queimaduras em relaçao ao gênero ao longo dos anos (n=952). M=masculino; F=feminino



Na avaliaçao quanto a faixa etária, evidenciou-se a maior prevalência de queimaduras no grupo 1, de 0 a 12 anos, com 487 pacientes (51,15%); seguido pelo grupo 3, de 19 a 59 anos, com 384 pacientes (40,34%); e pelo grupo de adolescentes, com 52 pacientes (5,46%). Os idosos foram o grupo menos expressivo (Figura 2).


Figura 2 - Prevalência de queimaduras relacionado à faixa etária (n=952). Grupo 1 (0 a 12 anos), Grupo 2 (13 a 18 anos), Grupo 3 (19 a 59 anos) e Grupo 4 (60 anos ou mais)



Houve um predomínio de lesoes de segundo grau, que correspondeu a 756 pacientes (79,41%) de toda a amostra, seguido por pacientes que apresentavam queimaduras de segundo e terceiro graus concomitantes (108 pacientes; 11,34%) e daqueles com queimaduras de terceiro grau (45 pacientes; 4,73%) (Figura 3).


Figura 3 - Distribuiçao em números absolutos relacionada ao grau de queimadura (n=952).



No que se refere à classificaçao quanto à superfície corporal queimada, 671 indivíduos (70,48%) foram classificados como médios queimados e 151 indivíduos (15,86%), grandes queimados. Os pacientes pequenos queimados foram encontrados em menor números nos registros realizados (130 pacientes; 13,66%).

Na avaliaçao quanto ao agente causador, a escaldadura foi o mais prevalente, representando 471 pacientes (49,47%), seguido por chama direta com 294 pacientes (30,88%) e superfície aquecida, com 57 indivíduos (5,99%). Queimaduras por fogos, eletricidade, explosao, abrasao, química e solar vieram a seguir, nesta ordem (Tabela 1).




O ano com maior prevalência de queimaduras na UTQ do HUSE foi 2011, com 222 pacientes internados, em comparaçao ao ano de 2013, com 92 internamentos no serviço e incluídos no trabalho, às custas também de um maior índice de exclusao.

Dentre os pacientes analisados, 22 (2,31%) foram a óbito no período avaliado. Esses predominaram no gênero masculino, com 15 óbitos (68,18 %), sendo 10 indivíduos na faixa etária entre adolescentes e adultos (45,45%), 15 apresentavam queimadura de 2º grau (68,18%) e os grandes queimados representaram 16 óbitos (72,73%).


DISCUSSAO

No levantamento do presente estudo foi observada a predominância do gênero masculino (63,02%) em comparaçao ao feminino (36,98%), essa prevalência masculina foi observada e confirmada por outros trabalhos3,10,12. Este fato pode estar relacionado a questoes comportamentais durante a infância13 e à frequente exposiçao a riscos envolvidos nas atividades laborais comuns da prática masculina, a exemplo de eletricistas, soldadores, mecânicos, cozinheiros, garçons, encanadores e funcionários do setor têxtil10,14.

Foi observada a predominância de queimadura de segundo grau, com 79,41%; seguida pelas queimaduras de segundo e terceiro graus concomitantes em 11,34% dos casos e queimaduras de terceiro grau em 4,73%, respectivamente. Existe uma correlaçao interessante entre agente causal e grau de acometimento da lesao, sendo os líquidos superaquecidos responsáveis pela maioria das lesoes de 1º (25%) e 2º (19%) graus coexistentes; e as queimaduras por álcool, pela geraçao de lesoes de 2º grau (60%)13. Já as de 3º grau têm como agentes causais predominantes traumas térmicos e elétricos respectivamente15.

Na avaliaçao quanto a faixa etária, foram observados maiores números no grupo 1, representado pelas queimaduras pediátricas (51,15%); seguido do grupo 3, dos adultos (40,34%), pelos adolescentes (5,46%); e finalmente, o grupo 4, dos idosos (4,73%). Esses grupos divergem no ambiente em que predominantemente ocorrem as queimaduras, já que em crianças e idosos tendem a acontecer em ambiente domiciliar por manuseio inadequado de instrumentos domésticos e menor reaçao a possíveis fatores agressores, e em adultos ocorrem nos locais de trabalho12,16.

Na avaliaçao quanto ao agente causador, a escaldadura foi o mais prevalente, contabilizando 471 pacientes dos registros da UTQ do HUSE no período delimitado pelo estudo. Seguida por chama direta (30,88%) e superfície aquecida (5,99%). Sequencialmente, observa-se a prevalência de queimaduras por fogos, eletricidade, explosao, abrasao, química e solar. Nota-se a concordância epidemiológica e etiológica encontrada nos dados obtidos, visto que a faixa etária mais acometida é representada por crianças (escaldadura)13, seguida pelos adultos (chama direta)12. De fato, o agente térmico constitui o maior causador de queimaduras, sendo os agentes químico e elétrico secundários17.

No que se refere à classificaçao, quanto à superfície corporal queimada 70,48% foram classificados como médios queimados e 15,86%, grandes queimados. O registro de pacientes pequenos queimados foi encontrado em menor números nos registros realizados (13,66%). Leva-se em conta a correlaçao entre grau e SCQ para tal classificaçao. Tal dado traça um prognóstico inicial do paciente já que, segundo a literatura, é notório que a extensao da queimadura aumenta proporcionalmente a mortalidade, visto que 90% dos pacientes que foram a óbito eram grandes queimados15. No nosso serviço, os grandes queimados também foram maioria dentre os pacientes que foram a óbito.

O estudo desses dados epidemiológicos é de fundamental importância tanto para o reconhecimento da situaçao em relaçao às queimaduras em âmbito regional como para a elaboraçao de estratégias de intervençao e de projetos de educaçao permanente dos profissionais.  

Os dados referentes ao ano de 2013 foram um dos maiores limitantes ao estudo, já que foi o de maior exclusao de pacientes do trabalho por dados preenchidos de forma incompleta.


CONCLUSAO

O perfil epidemiológico encontrado na UTQ do HUSE para a vítima admitida por conta de acidentes envolvendo queimaduras pode ser representado por paciente do gênero masculino, entre 0 e 12 anos, médio queimado, com prevalência de lesoes de 2º grau, sendo a escaldadura o principal agente etiológico.

A partir da análise desses dados estatísticos sobre queimaduras é percebido que se tratam de ferramentas imprescindíveis para a populaçao que utilizará o serviço, visto que uma equipe profissional ciente da realidade com a qual trabalha torna-se apta para traçar estratégias eficientes na terapia e recuperaçao desses pacientes.

Além disso, a notificaçao da maior incidência de queimadura em crianças desperta a necessidade de programas de prevençao, com foco nas escolas e em grupos comunitários voltados para os pais, verdadeiros coautores desses acidentes.


REFERENCIAS

1. Nestor A, Turra K. Perfil epidemiológico dos pacientes internados vítimas de queimaduras por agentes inflamáveis. Rev Bras Queimaduras. 2014;13(1):44-50.

2. Lima Júnior EM, Alves CC, Rios Neto EC, Alves EP, Parente EA, Ferreira GE. A influência dos aspectos socioeconômicos na ocorrência das queimaduras. Rev Bras Queimaduras. 2014;13(1):21-5.

3. Peck M. Epidemiology of burns throughout the world. Part I: Distribution and risk factors. Burns. 2011;37(7):1087-100.

4. da Costa GOP, da Silva JA, dos Santos AG. Perfil clínico e epidemiológico das queimaduras: evidências para o cuidado de enfermagem. Ciênc Saúde. 2015;8(3):146-55.

5. Macedo AC, Proto RS, Moreira SS, Gonella HA. Estudo epidemiológico dos pacientes internados na Unidade de Tratamento de Queimados do Conjunto Hospitalar de Sorocaba entre 2001 a 2008. Rev Bras Queimaduras. 2012;11(1):23-5.

6. Brasil. Ministério da Saúde. DATASUS. Informaçoes de Saúde (TABNET). Epidemiológicas e Morbidades. Internaçoes segundo regiao. Brasília: Ministério da Saúde; 2014 [acesso 27 Mar 2017]. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php/index.php?area=0203

7. Castro ANP, Silva DMA, Vasconcelos VM, Lima Júnior EM, Camurça MNS, Martins MC. Sentimentos e dúvidas do paciente queimado em uma unidade de referência em Fortaleza-CE. Rev Bras Queimaduras. 2013;12(3):159-64.

8. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atençao à Saúde. Departamento de Atençao Especializada. Cartilha para tratamento de emergências das queimaduras. Brasília: Ministério da Saúde. 2012 [acesso 6 Jul 2016]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_tratamento_emergencia_queimaduras.pdf

9. Schiefer J, Perbix W, Grigutsch D, Zinser M, Demir E, Fuchs P, et al. Etiology, incidence and gender-specific patterns of severe burns in a German Burn Center - Insights of 25 years. Burns. 2016;42(3):687-96.

10. Al-Shaqsi S, Al-Kashmiri A, Al-Bulushi T. Epidemiology of burns undergoing hospitalization to the National Burns Unit in the Sultanate of Oman: a 25-year review. Burns. 2013;39(8):1606-11.

11. Vendrusculo TM, Balieiro CRB, Echevarría-Guanilo ME, Farina Junior JA, Rossi LA. Queimaduras em ambiente doméstico: características e circunstâncias do acidente. Rev Latino-Am Enfermagem. 2010;18(3):444-51.

12. Cruz BF, Cordovil PBL, Batista KNM. Perfil epidemiológico de pacientes que sofreram queimaduras no Brasil: revisao de literatura. Rev Bras Queimaduras. 2012;11(4):246-50.

13. Golshan A, Patel C, Hyder AA. A systematic review of the epidemiology of unintentional burn injuries in South Asia. J Public Health (Oxf). 2013;35(3):384-96.

14. Santos EA, Braga DD, Fuculo Junior PRB, Oliveira TD, Bazzan JS, Echevarría-Guanilo ME. Ocupaçoes com maior risco para acidente com queimaduras. Rev Bras Queimaduras. 2014;13(4):260-4.

15. Freitas MS, Machado MM, Moraes RZC, Sousa AH, Aragao LHFB, Santos Junior RA, et al. Características epidemiológicas dos pacientes com queimaduras de terceiro grau no Hospital de Urgências de Sergipe. Rev Bras Queimaduras. 2015;14(1):18-22.

16. Goodarzi M, Reisi-Dehkordi N, Daryabeigi R, Zargham-Boroujeni A. An epidemiologic study of burns: Standards of care and patients' outcomes. Iran J Nurs Midwifery Res. 2014;19(4):385-9.

17. Balan MAJ, Oliveira MLF, Trassi G. Características das vítimas de queimaduras atendidas em unidade de emergência de um hospital escola do noroeste do Paraná. Ciênc Cuid Saúde. 2009;8(2):169-75.









Recebido em 16 de Fevereiro de 2017.
Aceito em 23 de Março de 2017.

Local de realização do trabalho: Hospital de Urgências de Sergipe, Unidade de Tratamento de Queimados, Aracaju, SE, Brasil.

Conflito de interesses: Os autores declaram não haver.


© 2024 Todos os Direitos Reservados