Resumo
OBJETIVO: Analisar a evolução das lesões de pele por queimaduras por meio de imagem termográfica infravermelha e 2D.
MÉTODO: Estudo observacional, prospectivo, realizado no Centro de Tratamento de Queimados de um hospital universitário público do estado do Paraná com os pacientes com lesões de pele por queimaduras, admitidos entre agosto e setembro de 2022. A coleta de dados foi realizada por meio do prontuário eletrônico para caracterização sociodemográfica e clínica, entrevista, aferição da temperatura e umidade ambiente, captura da imagem (2D) com celular Samsung A51® e termografia infravermelha com câmera termográfica FLIR ONE Pro®, das lesões de pele por queimaduras durante a realização do 1º curativo (24h) e do segundo curativo (entre 48h e 72h).
RESULTADOS: Predominaram pacientes do sexo masculino (64,1%), faixa etária de 18 a 59 anos (59%), da cor branca (62,5%), e o local do acidente foi domiciliar (69,2%), sendo a escaldadura com líquidos superaquecidos (46,2%) o principal agente causal. Para 92%, a superfície corporal queimada < 20% e 59,1% evoluiu para o enxerto. À captura da imagem termográfica infravermelha, observou-se que as lesões de evoluíram para epitelização apresentavam temperaturas maiores, média de 31,99ºC, quando comparadas às lesões que necessitaram de enxerto, média de 31,92ºC e, estas, por sua vez, temperaturas maiores em relação às que necessitaram de amputação do membro, média de 31,18ºC.
CONCLUSÕES: A termografia infravermelha apresenta-se como um método complementar eficaz na avaliação da profundidade das lesões de pele por queimaduras, indicando precocemente as características da lesão, contribuindo na conduta mais assertiva.
Palavras-chave: Termografia. Queimaduras. Tecnologia em Saúde. Atenção à Saúde. Enfermagem.