Resumo
OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico de pacientes acometidos por queimaduras em 2019 e 2021 nas regiões brasileiras.
MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, observacional e ecológico. Os dados utilizados foram obtidos por meio do Ministério da Saúde referente à população classificada na “Lista Morb CID-10: queimadura e corrosões” em 2019 e 2021. Coletaram-se dados referente ao valor médio da autorização de internação hospitalar (AIH), a média de permanência em dias, o número de AIH e óbitos. Também realizou teste Qui-quadrado e de correlação entre tratamento de infecção pelo coronavírus e tratamento de queimaduras, corrosões e geladuras.
RESULTADOS: Foi avaliado um total de 41.722 pessoas. Há um predomínio do sexo masculino, na idade adulta e pré-escolar, de cor parda, entre os pacientes vítimas de queimadura, com ressalva para variações regionais. Houve uma redução nos dias de permanência hospitalar e um aumento dos valores de internação hospitalar. O perfil epidemiológico encontrado para óbitos foi indivíduos do sexo masculino, adultos, seguido de idosos. O teste Qui-quadrado não mostra casualidade significativa entre as variáveis. No polo oposto, o teste de correlação apresentou resultado de 0,97.
CONCLUSÕES: A pandemia não teve efeito significativo para causar uma mudança relevante de perfil acerca dos queimados. O homem pardo de idade adulta foi o perfil mais prevalente encontrado. Espera-se que esse achado contribua para fomentar o campo de pesquisa para tratamento de vítimas nessas condições.
Palavras-chave: Queimaduras. Unidades de Queimados. COVID-19. Epidemiologia. Traumatismo Múltiplo.